Nesses dias próximos às festas uma postagem do maravilhoso Fai Mazell no Xwitter me fez chorar. Nesse Xweet, ele falava sobre como a gente pode amar pessoas que estão passando por coisas difíceis mesmo sem as conhecer bem. Fai distribuiu amor de uma forma tão singela e profunda (recomendo DEMAIS que vocês sigam e apoiem o trabalho dele e da Maré Geek), que me derrubou.
Fim de ano não é fácil pra mim. Sou apartado de várias pessoas da minha família, vivo numa cidade nova, várias pessoas que amo do fundo do meu coração estão longe. Mas me vejo, nesse momento, inegavelmente otimista.
Fiz várias coisas malucas esse ano, de separações a mudança regional, de voltar a escrever pra mim, a ir a uma festa “para adultos em que roupas são opcionais” com 70 pessoas. Consegui descansar sem tanta culpa. Comecei a investir mais na carreira de roteirista, ensinei autores a acharem o melhor em suas histórias, trabalhei com jogos de tabuleiro, conheci melhor uma parte mágica do Pelourinho, admiti que não sou mais quem era antes, fiz 36 anos de idade.
Todos esses marcos são simbólicos. Estar mais perto dos 40 que dos 30 não significa nada perto de uma avaliação física/médica adequada. Sair de 2023 e entrar em 2024 não necessariamente significa grandes mudanças na vida. As reviravoltas e o caos do mundo não ligam muito para calendários, na maior parte do tempo.
Mas se interpretamos o mundo com base no nosso humor, crenças e construções sociais, as renovações e datas comemorativas são muito reais. Recomeçar o ano significa renovar esperanças, expectativas e se permitir lidar com essa coisa maluca que são os dias em que quase todo mundo está perdido entre o fim de um ano e o início do outro.
Que suas expectativas sejam controladas em 2024 e você se permita praticar o carinho consigo. Que sua felicidade esteja mais ao seu alcance e você veja seu valor em quem é e não no que o mercado de trabalho diz que você vale. Que não te falte grana ou paz para que você não precise ter crises por contas e dívidas. Que você ache tempo para fazer o que ama, não apenas o que precisa. Que você se veja rodeade de amor e afeto de pessoas que importam para você. E que nenhuma obrigação familiar, empregatícia, jurídica ou o que for te force a fazer coisas que te ferem demais.
Comemore ou não esse fim de ano, você merece ser feliz. Sempre.
O Jabá de começo de ano
Começando esse próximo ano com mudanças, estou trabalhando em me promover mais. Se você curte o que eu escrevo, que tal pensar em uma mentoria de escrita comigo, me contratar para fazer uma leitura crítica ou ser seu ghostwriter? Eu também faço manuais de jogos de tabuleiro e mais algumas coisas. Se interessar, me manda um e-mail: joaopedro.lgoncalves@gmail.com .
Ah, eu finalmente vou colocar no mundo minha oficina de “pitches” para audiovisual. Tem uma ideia que acha incrível no cinema, num streaming, na TV, mas não sabe como preparar isso para tentar vender? Corre comigo. Em janeiro teremos novidades a respeito.
Abraços e bom fim de ano,
Felicidades,
JP